domingo, 18 de maio de 2008

BRASIL/ Cotas

Após cotas, número de negros na UnB é cinco vezes maior

ANGELA PINHO
JOHANNA NUBLAT
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Quando Angelo Roger de França Cruz, 26, entrou no curso de serviço social da UnB (Universidade de Brasília) em 2004, havia cerca de 400 negros na universidade, a primeira federal do país a adotar o sistema de cotas raciais.

Hoje, a um mês de se formar, Cruz tem como colegas outros 2.049 negros. No ano da formatura das primeiras turmas de cotistas, o número de negros na UnB é cinco vezes maior do que antes da adoção das cotas.

A Folha conversou com sete alunos que entraram pelo primeiro vestibular com cotas da universidade. Três irão se formar até julho, outros três no fim do ano e um concluiu o curso em três anos e meio, no semestre passado.

Todos moram a pelo menos 20 quilômetros da UnB, em cidades periféricas de Brasília, e se sustentaram durante o curso com bolsas de pesquisa --estas, em sua maioria, relacionadas à situação do negro.

"Sem as cotas, provavelmente eu não teria feito o vestibular da UnB", afirma Cruz, aluno de escola pública. "A imagem da UnB era uma coisa muito distante. Da minha turma de 40 pessoas no ensino médio, só cinco fizeram a prova e dois entraram na universidade."

Dalila Torres, 22, que irá se formar em ciência política no final do ano, diz que estranhava o ambiente. "Quando cheguei, me sentia muito mal, não me reconhecia em ninguém."

Hoje eles se dizem integrados, embora notem uma grande diferença de renda em relação aos colegas não-cotistas. "Entra um negro com dinheiro? Pode até ser, mas eu não conheço", diz Marcela Lustosa, 22, formanda de serviço social.

O abismo econômico é percebido no convívio fora da universidade. Marcela diz que prefere fazer programas próximos à casa dela --a 26 km do Plano Piloto--, como ir ao cinema. "Para vir para o Plano, a passagem de ida e volta custa R$ 6. Se eu tomo um refrigerante, já se foram R$ 10."

Todos os sete relataram que há preconceito contra os cotistas na universidade, apesar de que apenas uma disse ter sofrido diretamente discriminação --segundo Dalila, colegas já disseram que quem entra por cotas é "espertinho".

Natalie Mendes Araújo, 21, que se forma no fim do ano em história, diz que o preconceito contra os cotistas existe, mas é camuflado. "Quando eu entrei, tinha recado na porta do banheiro de "fora, cotista". Hoje, as pessoas "toleram"."

Uma forma de evitar a discriminação adotada por cotistas é o bom rendimento acadêmico. "O cotista não tem o direito de ser um aluno mediano ou vai ser apontado como despreparado. É uma obrigação velada de mostrar serviço. Se é branco, tanto faz tirar nota baixa", diz Gustavo Galeno Arnt, 20.

Ele se formou em letras em três anos e meio e, em seguida, passou em 1º lugar no mestrado em literatura, que não tem cotas: "Foi um cala-boca total para a questão do mérito".

"Tese*

De acordo com tese de mestrado defendida em março por Claudete Batista Cardoso na UnB, o desempenho dos cotistas em seus cursos é, em média, semelhante ao dos alunos que entraram pelo sistema universal. Ela analisou a nota obtida no primeiro semestre do curso por alunos que entraram no meio de 2006.

A nota dos cotistas foi 6% menor no geral, variação que a autora da tese de mestrado considerou "irrelevante". Para Claudete, os resultados, "de um modo geral, vão em sentido contrário às críticas referentes à provável queda de qualidade do ensino superior como resultado do estabelecimento do sistema de cotas".

BRASIL/ Reforma Ortográfica


Parlamento português aprova acordo ortográfico

Jair Rattner
De Lisboa para a BBC Brasil


Acordo é primeiro passo para internacionalização da língua

Passados 16 anos desde a assinatura, Portugal aprovou nesta sexta-feira o acordo ortográfico, que unifica a forma como é escrito o português nos países lusófonos.

Apesar de polêmico, o texto foi aprovado por deputados de todos os quadrantes políticos – desde o CDS à direita, até o Bloco de Esquerda – com três votos contra e muitos deputados abandonando o plenário durante a votação.

As mudanças na forma de escrever o idioma em Portugal vão valer dentro de seis anos, enquanto no Brasil os livros escolares deverão ser mudados até 2010.

Questionado sobre o acordo, o escritor José Saramago, prêmio Nobel de literatura, optou por não entrar em polêmica: "Vou continuar escrevendo do mesmo jeito. Isso agora vai ser com os revisores".

Vitória brasileira?

Houve grande polêmica em Portugal. A iniciativa contrária à reforma com maior impacto no país foi uma petição na internet, que tentava convencer parlamentares a votar contra o acordo.

O documento, que criticava a proposta por entender que este significava que Portugal cedia aos interesses brasileiros, teve mais de 35 mil assinaturas desde o início do mês, grande parte delas de intelectuais.

"A língua portuguesa é o maior patrimônio que Portugal tem no mundo", afirmou o deputado Mota Soares, do partido CDS.

Ironicamente, dois deputados que encabeçaram a petição – Zita Seabra e Vasco Graça Moura – não estavam no plenário na hora da votação.

Zita Seabra disse que, como é proprietária de uma editora, havia conflito de interesses para votar o texto.

Alterações

Os estudos lingüísticos que basearam o acordo indicam que os portugueses terão mais modificações do que os brasileiros. O dicionário português terá de trocar 1,42% das palavras, enquanto no Brasil apenas 0,43% sofrerão mudanças.

Para os portugueses, caem as letras não pronunciadas, como o "c" em acto, direcção e selecção, e o "p" em excepto.

A nova norma acaba com o acento no "a" que diferencia o pretérito perfeito do presente (em Portugal, escreve-se passámos, no passado, e passamos, no presente).

Algumas diferenças vão continuar. Em Portugal, polémica e génesis manterão o acento agudo – o Brasil continuará escrevendo com o circunflexo.

Os portugueses manterão o "c" em facto – fato em Portugal é roupa – e vão tirar o "p" que no país não é pronunciado na palavra recepção.

Atraso

Aprovar as mudanças foi um longo processo. O conteúdo do acordo já tinha sido aprovado há 16 anos, mas não podia entrar em vigor sem que os Parlamentos ratificassem o protocolo modificativo.

O protocolo previa que o acordo entrasse em vigor quando três países aprovassem o acordo – e não todos os que falam o português, como estava no texto original. No ano passado, São Tomé e Príncipe foi o terceiro a aprovar o acordo, dando validade ao documento.

Para o governo português, a aprovação do acordo é o primeiro passo para existência de uma política internacional da língua portuguesa, que será anunciada quando Portugal assumir a presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em julho deste ano.

"É necessário agora desenvolver uma política de internacionalização, consolidação e aprofundamento da língua portuguesa, e o acordo ortográfico é um instrumento para isso", afirmou o ministro da Cultura, Antônio Pinto Ribeiro.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

BRASIL/ Caso Isabela


Sorriso de Isabella assombra o Brasil, diz 'Le Monde'

O sorriso de Isabella assombra o Brasil, diz uma crônica publicada na tarde de quarta-feira no site do jornal francês Le Monde.

O texto, assinado pelo jornalista Jean-Pierre Langellier, diz que há várias semanas o Brasil parece “assombrado pelo sorriso de Isabella, assim como ficou a Inglaterra há um ano pelo sorriso da pequena Madeleine McCann, que desapareceu em Portugal e até hoje não foi localizada”.

“O anúncio do infanticídio provocou uma verdadeira comoção social em um país que bate os recordes de violência com 50 mil homicídios por ano”, diz o diário francês.

A crônica busca explicar as razões pelas quais a história suscita tanta emoção do público e afirma que a principal delas está no fato de seus protagonistas “pertencerem a uma família de classe média, com a qual inúmeros brasileiros podem facilmente se identificar”.

“(O interesse do público) É também em parte pelo fato do casal, que nega envolvimento na morte da menina, ter conseguido ficar solto durante várias semanas até ser preso no dia 8 de maio e ter concordado em dar uma longa entrevista a um programa de televisão de grande audiência”.

Fermento

E é na mídia, afirma a crônica, que reside “o fermento para excitação popular”.

“Os meios de comunicação alimentaram um clima de frenesi em torno do assunto. Para sua cobertura, a Rede Globo, maior do país, mobilizou em permanência 15 equipes de repórteres e cinegrafistas, três veículos de transmissão ao vivo e um helicóptero.”

“O próprio presidente Lula ficou um pouco preocupado com tamanha atenção da mídia, a seus olhos, excessivos. Ao pedir prudência, Lula pediu que o casal não seja declarado culpado antes de ser julgado”.

Jean-Pierre Langellier cita dados do ministério da Saúde, segundo os quais a cada dez minutos uma criança com menos de 14 anos é assassinada no Brasil. Parte dessas mortes acontece dentro do contexto familiar, dizem as estatísticas.

“O caso Isabella dá aos brasileiros a ocasião de refletir sobre as causas dessa violência e aos meios de reduzi-la.”

Especialistas ouvidos por Langellier afirmaram que além de seus principais motivos, como pobreza e dilaceramento familiar, “a violência dentro das casas faz parte da cultura brasileira”.
“O castigo corporal continua, para muitos pais, um método pedagógico eficaz e legítimo.

A duração da escravidão no Brasil – de mais de três séculos – e o caráter tardio de sua abolição (1888) desempenham também um papel na permanência dessa prática."

BRASIL/ Agronegócio

Para agricultores, crise alimentar justifica produção na Amazônia

CAROLINA GLYCERIO
enviada especial da BBC Brasil ao Mato Grosso e Pará

A crise mundial nos preços dos alimentos virou o mais novo argumento dos produtores que vieram para a Amazônia nos anos 70 e 80 contra a lei que os obriga a manter 80% de suas propriedades com floresta em pé.

Os chamados "pioneiros" se dizem "traídos" por terem se disposto a explorar uma região até então intocada em troca de incentivos e de terras baratas, quando o regime militar, receoso da presença estrangeira na fronteira amazônica, cunhou o bordão nacionalista "integrar para não entregar".

"A gente se sente traído porque a gente investiu em uma área que não tinha nada, e agora eles estão tirando um direito que nós adquirimos", diz o engenheiro florestal e produtor de grãos Edemar Kronbauer, de 48 anos, 21 deles na Amazônia.

A lei começou a mudar em 1996, por meio de medida provisória que vem sendo sucessivamente reeditada, sempre sob os protestos do setor produtivo. A gritaria aumentou com operações de fiscalização do Ibama e da Polícia Federal que têm resultado em multas, embargos e cortes de crédito ao produtor em desacordo com a legislação ambiental.

Mais recentemente, a crise mundial no preço dos alimentos tem servido como argumento poderoso aos que defendem a expansão da fronteira agrícola do Brasil.

"A gente pode oferecer comida mais barata para o mundo inteiro, mas falta logística", reclama o maior produtor de soja do mundo, Eraí Maggi (primo do governador Blairo Maggi), que tem mais de 200 mil hectares de área plantada.

Só o preço da soja já subiu 87% em relação a março do ano passado, embora todo produtor faça questão de lembrar que os preços estavam muito baixos antes de começarem a escalar nos últimos meses.

A sensação de oportunidade perdida não é exclusiva dos grandes produtores. "A gente fica ressentido. Você tem a terra, mas não pode trabalhar nela", diz Irineu Schneider, que tem 500 hectares de terra. "Se você tem que produzir em 20% da sua terra, tem que ter pelo menos 1000 hectares para viabilizar."

Ele, como outros produtores há muito tempo estabelecido em áreas de desmatamento, se mostra especialmente revoltado com a exigência de que eles replantem o que derrubaram no passado. "A gente quer trabalhar, mas ninguém vai plantar mato. A gente pode morrer em cima dessa terra, mas não vamos plantar mato."

"Por que nós devemos comprar terra e manter floresta para o resto do mundo? Se as pessoas no resto do Brasil ou mesmo no exterior mantivessem 20% das suas florestas em pé, não teria problema no mundo. Mas isso é terra produtiva, as pessoas precisam comer, porque vai faltar alimento, é claro que vai."

Cumprir a lei

O gerente regional do Ibama em Sinop, Roberto Agra, diz que "o valor do pioneirismo não se contesta", mas que a condição de pioneiro "não isenta as pessoas de cumprirem a lei". Nesse caso, diz Agra, o direito coletivo prevalece sobre o direito individual coletivo.

"A legislação que determinou certa forma de ocupação da Amazônia não está mudando agora, vem mudando pelo menos desde 1996" diz o gerente regional do Ibama em Sinop (MT), Roberto Agra.

Para os produtores, se existe um interesse coletivo nas suas terras, eles devem ser recompensados por manter a floresta em pé. Não só os mecanismos que prevêem essa compensação ainda estão sendo desenvolvidos, como nem sempre eles fazem sentido para quem está acostumado a trabalhar na terra.

"Se eles quiserem preservar, é mais fácil eles comprarem a terra, porque se alguém invadir a terra, o problema é meu e eu tenho de ser forçado a cuidar da terra da maneira que eles acham que é certo", diz Irineu.

Outros, como Edemar, porém, se mostram receptivos à idéia desde que recebam valores semelhantes aos que ganhariam com a agropecuária.

Da forma como a ocupação se deu na Amazônia, "trabalhar" significou por muito tempo derrubar a floresta e preparar a área para o cultivo ou para o gado, o mesmo processo que, na visão do Ibama, compõe o ciclo do desmatamento.

Para Agra, do Ibama, o processo de desenvolvimento adotado nos anos 70 é "incompatível com as necessidades não só regionais e nacionais, mas mundiais que o Brasil tem em relação a preservação da Amazônia".

"Quem não se adequou precisa se adequar à legislação. A primeira coisa é buscar regularização, seja fundiária ou no licenciamento ambiental. Isso é pressuposto mínimo pra que a gente consiga avançar na discussão de prestação de serviços ambientais."

Mudança

"É claro que a lei não é viável. A terra foi adquirida há muito tempo e nós colocamos muito dinheiro nela. Quem veio para cá, veio para usar 50%, 80% da terra, não 20%", diz Kronbauer, hoje baseado em Querência.

O presidente do sindicato dos produtores rurais de Querência, Darci Heeman, não se conforma que a escritura que lhe conferia o direito de explorar 80% da terra --limite estabelecido na época para algumas áreas que foram consideradas cerrado-- tenha pedido valor diante de uma lei que, na visão dos produtores, mudou as regras do jogo durante a partida.

"Existe uma interação de cadeias diferentes, que têm uma relação econômica e de viabilidade entre elas. O primeiro passo é ocupação legal ou ilegal de determinada área, com exploração de madeira, que gera o capital para a própria abertura de área para a conversão em pecuária ou agricultura", ele diz.

Em áreas de madeiras de alto valor comercial, ainda fartas no Estado do Pará, é justamente o ganho com a madeira que levanta o capital necessário para converter a área, e em casos de desmatamento ilegal é a comercialização da madeira "fria" que permite a continuidade do ciclo.
O madeireiro Adalberto Andrade, dono de uma serraria em Castelo dos Sonhos, no Pará, diz, porém, que tem sido difícil operar legalmente.

Segundo ele, a aprovação de um projeto de manejo florestal, que prevê a retirada seletiva e sustentável de madeiras, demora tanto para ser aprovado que as pessoas ficam sem opção a não ser operar sem ela. "É um jogo de empurra, o Ibama depende do Incra, o Incra, do Ibama".

Assim como Adalberto, muitos dizem que querem trabalhar legalmente, mas que estão sendo empurrados para a clandestinidade por uma lei que torna o seu próprio meio de produção inviável.

A metáfora do pai que abandonou o filho no nascimento e voltou cheio de imposições 18 anos depois já virou parte da retórica local. De fato, ainda hoje o Estado é praticamente invisível na região. Viaja-se horas pela BR-163, que liga Cuiabá a Santarém --principalmente no trecho paraense--, sem qualquer sinalização de serviço público estadual ou federal.

"Não tem como produzir alimentos sem desmatar", diz Carlos Alberto Guimarães, o Carlito. Ele é conhecido como um dos homens que mais desmataram a Amazônia --foram 100 mil hectares ao longo de 42 anos.

Hoje, com uma produção de 6 mil toneladas de carne e 15 mil toneladas de grãos por ano, ele está reflorestando e garante que tem mais prazer em plantar do que em cortar uma árvore.

"Reflorestar é muito melhor do que desmatar. Ninguém desmata porque quer. Desmatar é um mal necessário que a humanidade teve que conviver desde que o mundo é mundo", diz Carlito.

BRASIL/ Tributos

Sistema tributário no Brasil é injusto e acentua desigualdades, diz Ipea


KAREN CAMACHO
Editora-assistente
Dinheiro da Folha Online

A injustiça tributária tem relação direta com a concentração de riqueza e renda nacional e acentua a desigualdade social. Essa é a conclusão de estudo elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que aponta os índices de carga tributária de acordo com a renda do brasileiro.

O estudo mostra que 75,4% da riqueza do país está nas mãos dos 10% mais ricos e que os mais pobres pagam até 44,5% mais impostos.

Os dados, obtidos pela Folha Online, serão apresentados pelo presidente do Ipea, Márcio Pochmann, nesta quinta-feira ao CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social). O objetivo, segundo ele, é oferecer elementos para a discussão da reforma tributária.

"Queremos ajudar na discussão da reforma e mostrar porque a desigualdade é tão alta e que a tributação não ajuda a acabar com isso."

Pochmann afirmou que a discussão sobre a reforma está focada na eficiência econômica e sobre a administração dos recursos (municipal, estadual ou federal).

"A Justiça da cobrança ocupa uma posição secundária nessas discussões. O debate se restringe sobre a trajetória da carga tributária", afirmou.

Para ele, nenhum país no mundo conseguiu amenizar as desigualdades sem adotar uma tributação justa.

O estudo mostra que a carga tributária atual equivale a 32,8% da renda dos 10% mais pobres, enquanto que os 10% mais ricos pagam 22,7%.

"Há uma desconexão. Enquanto os mais pobres pagam mais, os ricos pagam pouco imposto. Por outro lado, cerca de 65% do que o Estado arrecada vai para transferência de renda e juros e ele não consegue exercer a sua função", afirmou.

terça-feira, 13 de maio de 2008

ABSURDO!!!

JUSTIÇA?????????????? ONDE???????????

Marido traído ganha R$ 7 mil de indenização

Mulher flagrada com o amante é condenada a pagar a quantia por conta de danos morais alegados pela vítima. Decisão não cabe No TJDF, 1ª Turma Recursal confirma sentença de Juizado de Planaltina

Uma mulher terá de pagar por danos morais ao ex-marido. Enquanto ainda era casada, ela foi flagrada pelo cônjuge com outro homem na cama do casal. A vítima havia pedido R$ 14 mil, mas, por conta da condição financeira dela, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) reduziu a quantia à metade. A mulher, uma professora de Planaltina, já havia sido condenada pelo 1º Juizado Especial Cível de Planaltina.

Ela entrou com recurso alegando a incompetência do juizado para analisar o pedido por se tratar de assunto de origem familiar. Além de alegar falta de recursos, a ré também argumentou que já teria sido punida, pois não ganhara pensão alimentícia após a separação. No entanto, os juízes da 1ª Turma Recursal do TJDF foram unânimes ao confirmar tanto a competência do juizado quanto a necessidade de indenização. Apenas concordaram em reduzir o valor original.

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados porque o caso corre em segredo de Justiça. Segundo o acórdão, “a possibilidade de haver indenização deriva de mandamento constitucional que diz ser inviolável a honra das pessoas, sendo assegurado o direito à indenização pelo dano moral decorrente de sua violação (Art. 5º,X, CF).”

Para a 1ª Turma, “o caso em questão não versa sobre uma mera negligência da relação de casamento que poderia ficar limitada à vara de família, mas sim a uma situação que colocou o autor da ação em uma delicada situação de exposição.” Não cabe mais recurso contra a decisão. O advogado Rômulo Sulz Gonçalves Júnior, conselheiro da seccional do Distrito Federal da Organização dos Advogados do Brasil (OAB-DF), se disse surpreso com a ação.


“Atuo no Tribunal de Justiça do DF há 20 anos e nunca vi uma ação como essa”, afirmou. De acordo com ele, o mais usual é a pessoa se fechar e tentar resolver o problema. “Uma mulher teria o mesmo direito ao flagrar o marido com outra pessoa, pois o que foi indenizado é o constrangimento, a humilhação.”

“Ferida do coração”

O argumento é contestado pela professora de antropologia da Universidade de Brasília (UnB) Rita Segato. “Pedir desagravo moral não faz sentido para as pessoas esclarecidas sobre as relações de gênero”, defendeu. “A questão não é moral. A ferida não é moral, é no coração, o que não se resolve na justiça”. Para a professora, a idéia de que a moral do marido, do pai ou dos irmãos depende da moral de uma mulher “tem que ser desmontada”.

Ciência pós - moderna

Gravidez improvável tem a ver com emoção, dizem médicos

CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S.Paulo

Tidas como "inférteis" e após anos de tratamentos de fertilização para engravidar, muitas mulheres têm conseguido gerar filhos naturalmente, algumas ainda enquanto amamentam seus bebês de proveta.

Não há dados no Brasil sobre esse fenômeno, mas um estudo recente acompanhou 5.962 casais que estavam na lista de espera para fazer FIV (fertilização in vitro) na Holanda e constatou que 9% deles engravidaram espontaneamente num período de 12 meses.

Outros trabalhos científicos apontam que, para mulheres jovens, com pouco tempo de tentativas de gravidez e com a chamada "esterilidade sem causa aparente", as chances de gestação espontânea chegam a 25% em um ano --quase o mesmo percentual de resultados da FIV, estimados em 30%.

Na falta de pistas na chamada medicina baseada em evidências, especialistas em reprodução lançam mão das mais variadas análises para explicar por que mulheres "condenadas" a não ter filhos espontaneamente o fazem depois que desistem dos tratamentos ou após gerarem bebês de proveta ou ainda quando partem para a adoção de uma criança.

"Quem dá a vida é Deus e quem tira é Deus também. Tenho tido casos [de casais inférteis] tão esdrúxulos que engravidam e casos tão claros de que medicina vai resolver e não resolve, que cada vez mais acredito nisso", diz o ginecologista Artur Dzik, diretor do Serviço de Esterilidade Conjugal do Hospital Pérola Byington.

Outra explicação, segundo ele, seria a relação estreita existente entre as emoções e os hormônios. "Quem manda na gente é a nossa cabeça. O sistema emocional está do lado do sistema hormonal, recebe as descargas dos hormônios."

A endocrinologista e nutróloga Vania Assaly diz que o processo de tratamento da infertilidade pode gerar situações de estresse, exaustão e desgaste, que desfavorecem uma gestação. Isso ocorreria por interferências no circuito "psico-neuro-imuno-endócrino". "Muitas coisas que não explicamos devem estar por aí, nesse eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que circula informações para o sistema imunológico."

Segundo ela, situações de bem-estar, harmonia e calma são referência de um bom território para procriar. "Por outro lado, a presença de um terreno arenoso, com medo, ansiedade e sobrecargas pode trazer dificuldades para essa mulher tanto na fecundação como na nidação [fixação do embrião no útero], à medida que o corpo reflete essa desarmonia no sistema imune e hormonal."

Tempo passar

Para o urologista Edson Borges, da clínica de reprodução Fertility, raramente as chances de um casal engravidar são "zero". "Exceto em casos de grande falência testicular ou de grande falência dos ovários. Mesmo assim, essas situações podem ser transitórias e, em algum ciclo especial, o casal pode engravidar", diz ele.

Borges afirma que nos casos onde não há uma causa específica para a dificuldade de gravidez, a gestação natural pode ocorrer a qualquer momento. "Deixamos claro que os tratamentos vão ajudar para que a gestação ocorra de forma mais rápida e é sempre melhor isso do que deixar o casal aguardando o tempo passar."

De acordo com o médico, para mulheres acima de 30 anos, cada ano de espera diminui em 11% suas chances de ser mãe. "A sensação de "ter tentado" [a gravidez por meio de tratamentos] algumas vezes é tão importante quanto o próprio resultado", acredita ele.

Emoções

Na avaliação da psicóloga do Hospital das Clínicas de São Paulo Luciana Leis, muitas mulheres engravidam naturalmente após tratamentos de reprodução assistida ou depois de uma adoção porque se sentem "autorizadas" para a gravidez.

"As dificuldades, os tratamentos frustrados acabam escrevendo um "não", uma incapacidade de gerar no inconsciente da mulher. Depois que conseguem ser mães, ou por FIV ou pela adoção, é como se as portas para a gravidez se abrissem", explica.

No caso das mulheres que engravidam após desistirem dos tratamentos, ela defende que isso ocorre em razão de um "relaxamento das tensões". "Não é uma receita de bolo. Não é fácil falar em relaxamento nessas situações. Mas é preciso mudar o foco, olhar para outras áreas da vida que, às vezes, ficam abandonadas nessa busca por um filho."

BRASIL / Tributos

Blog do Josias: STF pode impor ao governo uma derrota bilionária

Folha Online
O STF (Supremo Tribunal Federal) marcou para esta quarta-feira (14) a conclusão do processo que vai definir o tamanho da mordida da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), informa o blog do Josias.

Caso o governo perca essa ação na Justiça, a União pode ter de devolver às empresas R$ 76 bilhões referentes à cobrança desse imposto, que já foi pago. Essa é uma das maiores ações judiciais do setor privado contra o governo.

A perspectiva de confirmação da derrota preocupa o governo, já que significa uma perda anual de arrecadação de R$ 12 bilhões. O processo tramita de 1985 no STF e foi aprovado por maioria em 2006, mas retornou a julgamento.

Com alíquota em 7,6%, a Cofins incide sobre o faturamento mensal das empresas, cuja receita é destinada às áreas de saúde, assistência e previdência social.

Em 2006, o ministro Marco Aurélio Mello relatou: "A base de cálculo da Cofins não pode extravasar, sob o ângulo do faturamento, o valor do negócio, ou seja, a parcela percebida [pela empresa] com a operação mercantil ou similar." Para ele, a inclusão do ICMS no cálculo, faz com que a Cofins incida "não sobre o faturamento, mas sobre outro tributo".

Em abril deste ano, a AGU (Advocacia Geral da União) pediu ao STF que suspenda todas as ações na Justiça que contestam a incidência do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na base da cálculo da Cofins.

Segundo o advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, já existem várias decisões, inclusive no supremo, a favor do governo.

"Não é do sistema tributário brasileiro a separação, no ato da compra, do que é imposto ou valor da mercadoria. Esse valor não é separado", afirmou Toffoli. "É um dos maiores passivos hoje na Justiça, mas estamos otimistas que a União terá sucesso nessa suspensão dos processos até que o Supremo julgue o mérito da questão", afirmou.

Leia a matéria completa no blog do Josias.

BRASIL / Emergente

Brasil chega 'na linha de frente' dos emergentes, diz jornal
BBC Brasil

Uma reportagem do jornal americano Wall Street Journal publicada nesta terça-feira afirma que o Brasil "se juntou à linha de frente das novas potências econômicas", alcançando Rússia, Índia e China.

A reportagem, assinada pelo repórter Matt Moffett, de São Paulo, afirma que o Brasil "está colocando o 'B' em BRIC", em referência ao acrônimo para Brasil, Rússia, Índia, China, usado para designar as potências emergentes.

"Por muito tempo nesta década, o lento Brasil parecia fora da sua liga, jogado no mesmo bojo das economias emergentes dinâmicas da Rússia, Índia e China, no chamado grupo BRIC. Céticos diziam que RIC era mais correto", afirma o texto.

"Mas lentamente e sem grande estardalhaço, a economia do Brasil dobrou uma grande esquina. Já uma grande potência na agricultura e em recursos naturais, o Brasil adicionou um ingrediente chave que muito tempo lhe faltou: uma moeda com poder de permanência."

O repórter afirma que a moeda estável ajudou o país a desencadear o maior movimento de prosperidade no país das últimas três décadas, atraindo investidores estrangeiros em grande número.

O Wall Street Journal destaca que o Brasil deve alcançar um crescimento de 5% pelo segundo ano consecutivo, um índice muito distante da China, mas impressionante para um país que "parecia na beira de uma moratória em massa de dívidas em 2002".

"O Brasil não tem a poupança e os níveis de investimento da China e da Índia. Mas o Brasil atingiu um estado mais maduro de desenvolvimento do que a China e a Índia, com uma população urbanizada maior e uma riqueza per capita mais alta – então é simplesmente menos provável que ele dê grandes saltos hoje em dia."

MEIO AMBIENTE / Bolsa Floresta

Após oito meses, Bolsa Floresta ainda gera polêmica
BBB Brasil

Com cerca de oito meses de vida, um dos programas para o meio ambiente mais ambiciosos do governo do Amazonas, o Bolsa Floresta, continua envolto em polêmica.

Iniciado em setembro do ano passado, o programa ficou conhecido por lembrar seu primo rico, o Bolsa Família, ao dar dinheiro (R$ 50) para famílias que preservem a floresta nas reservas em que vivem.

"O grande desafio (para a conservação) é o que fazer para que a floresta valha mais de pé do que cortada", diz Virgílio Viana, um dos idealizadores do projeto e ex-secretário do Meio Ambiente do governo do Amazonas.

Outro desafio não mencionado por Viana é convencer as pessoas de que o sistema que ele ajudou a criar realmente funciona.

Viana já saiu do governo e hoje está à frente da FAS (Fundação Amazônia Sustentável), a ONG responsável por distribuir os recursos e administrar o projeto junto com o governo do Estado.

Ele afirma que a idéia não é uma panacéia para todos os problemas da floresta, mas defende que é uma das melhores maneiras de proteger a mata em áreas de preservação onde já vivem milhares de pessoas.

"Nós já estamos atendendo a 2 mil famílias e no final do ano devemos chegar a 3,5 mil", afirma. Segundo ele, o número total de famílias vivendo nas áreas protegidas do Estado chega a 8 mil.

Críticas

Os críticos do programa em geral afirmam não serem contra a idéia em si, mas acreditam que há erros e problemas na forma como ele foi criado e é gerido.

"Um dos problemas é que não houve um processo de discussão com as comunidades afetadas, foi feito de cima para baixo e muito concentrado em Manaus", afirma Marta Cunha, coordenadora da Comissão da Pastoral da Terra em Manaus.

"Quando houve o anúncio, eu estava com uma comunidade de ribeirinhos e eles ficaram indignados por não estarem sabendo do processo."

Viana rebate dizendo que foi realizada uma série de consultas abertas com a comunidade, e que vários detalhes do projeto surgiram a partir desses encontros. Para Marta Cunha, porém, isso se concentrou apenas em Manaus e foi pouco representativo.

O valor de R$ 50 também é considerado muito baixo. "O valor é irrisório", diz o deputado da oposição Ângelus Figueira, do Partido Verde do Amazonas.

Nos cálculos da Pastoral, para algumas comunidades o custo do transporte para retirar o dinheiro é maior do que o que é oferecido. "Tem lugares em que custa R$ 90 para um ribeirinho chegar até um ponto de coleta", afirma a coordenadora da Pastoral da Terra.

Para Viana, há uma percepção equivocada sobre o valor e o escopo do projeto. "A intenção não é pagar salário, é uma compensação. Mas o mais importante é como fazer essas comunidades gerarem renda de forma sustentável."

De acordo com ele, o projeto inclui uma verba (R$ 4 mil por comunidade por ano) para apoiar iniciativas que criem fontes de renda sustentáveis, além de uma segunda verba (R$ 8 mil por comunidade por ano) para investir na infra-estrutura social.

Figueira, do Partido Verde, afirma que no papel a idéia é boa, mas acusa o governo de administrar mal e avançar lentamente.

Viana admite que o projeto ainda está em sua fase inicial, mas argumenta que parte das críticas que a iniciativa vem recebendo tem motivação política. "Existem muitos interesses políticos por trás de todas as avaliações."

Os defensores do Bolsa Floresta dizem acreditar tanto no projeto que gostariam de vê-lo reproduzido em reservas federais. Para os críticos, antes de isso acontecer, será preciso provar que a idéia realmente funciona.

INTERNACIONAL/ China

Número de mortos em terremoto na China chega a 12 mil
BBC Brasil

O terremoto mais forte a atingir a China nos últimos 30 anos matou pelo menos 12 mil pessoas na província de Sichuan, no sudoeste da China, na segunda-feira.

De acordo com a agência de notícias oficial do país, a Xinhua, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, convocou uma reunião de emergência e ordenou a retirada das barreiras e abertura das estradas para a província antes do início da tarde desta terça-feira.

As linhas telefônicas da região ainda não estão funcionando e as estradas estão bloqueadas por rochas que desabaram com o terremoto e, segundo o correspondente da BBC Michael Bristow, as chuvas torrenciais também prejudicam o resgate.

"Devemos tentar fazer o máximo para abrir as estradas para o (local do) epicentro (do terremoto) e resgatar as pessoas nas áreas atingidas pelo desastre", disse Jiabao.


O terremoto de 7,8 pontos na escala Richter foi registrado às 14h28 (3h28 de Brasília), teve seu epicentro próximo da cidade Wenchuan, a cerca de 100 quilômetros a noroeste de Chengdu.
Wen Jiabao foi às pressas à cidade de Dujiangyan, que fica a cerca de cem quilômetros do epicentro do terremoto.

"No momento temos muita dificuldade para realizar os trabalhos de resgate", disse o premiê chinês. "Estradas bloqueadas, comunicações interrompidas e a chuva contínua criaram obstáculos."

"As vidas das pessoas e a segurança das propriedades são as prioridades e muitos ainda estão presos nos escombros. Temos que usar cada segundo e fazer o máximo para salvar os sobreviventes", acrescentou Jiabao.

Apenas em Dujiangyan 900 estudantes foram soterrados pelos escombros da escola onde estavam no momento do terremoto e pelo menos 50 morreram.

Soldados

Segundo a agência de notícias Xinhua mais de 16 mil soldados chineses se juntaram às operações de resgate na província de Sichuan.

Outros 34 mil membros das forças armadas dos comandos militares de Jinan e Chengdu estão avançando em direção às regiões de desastre em aviões, trens, caminhões e a pé.

O governo também enviará 20 aviões militares para transportar as forças armadas e a polícia.
Ainda de acordo com a Xinhua, na manhã de terça-feira uma equipe de 227 médicos do setor militar da China e sismologistas chegou à cidade de Dujiangyan.

O número de mortos deve aumentar ainda mais quando as equipes conseguirem fazer contato com o epicentro do tremor, em Wenchuan, que tem uma população de 111,8 mil habitantes e é famosa por abrigar um centro de reprodução ursos panda gigantes.

Uma autoridade da cidade, Wang Bin, pediu ajuda por meio de um telefone via satélite.
"Precisamos urgentemente de barracas, alimentos, remédios e equipamentos de comunicação", afirmou. "Também precisamos de funcionários médicos para salvar as pessoas feridas."

Prédios destruídos

Apenas em um condado, Beichuan Qiang, onde estima-se que até 80% das construções foram destruídas, o número de mortos está entre 3 e 5 mil pessoas.

Em Shifang, duas fábricas de químicos desmoronaram e centenas de pessoas estão presas nos escombros. Cerca de 80 toneladas de material corrosivo vazaram e 6 mil pessoas tiveram de ser evacuadas e, segundo a Xinhua, 600 pessoas morreram.

O terremoto desta segunda-feira chegou a 7,8 pontos na escala Richter e foi o pior a atingir a China nos últimos 30 anos.

A última vez que um abalo dessa magnitude foi registrado na China foi em julho de 1976, quando um terremoto destruiu a cidade de Tangshan, no norte do país, e matou pelo menos 242 mil pessoas.

O terremoto também foi sentido em Pequim, Xangai e alguns lugares de Hong Kong.
O último terremoto a afetar a China foi registrado em 21 de março e alcançou 7,2 graus na escala Richter, atingindo a região de Xinjiang. Mas o abalo causou pouca destruição em comparação com o terremoto da segunda-feira.

domingo, 11 de maio de 2008

TECNOLOGIA/ Internet

Microcelebridades mudam conceito de fama na internet

DANIELA ARRAIS
da Folha de S.Paulo

Escolha uma foto de um gatinho fofo fazendo alguma coisa engraçada, coloque uma legenda escrita em um inglês, no mínimo, esquisito e envie para o I Can Has Cheezburguer? (icanhascheezburger.com). Você acaba de entrar no mundo dos LOLcats, um meme da internet --espécie de vírus da cultura pop-- que atrai, diariamente, 2 milhões de visitas.

O I Can Has Cheezburguer? foi uma das estrelas da ROLFCon, conferência do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) que ocorreu no fim de abril, em Boston (EUA).

O evento reuniu usuários de internet que se tornaram famosos em um pequeno nicho, o dos usuários geeks superativos. Conhecidos como microcelebridades, esses usuários ganham fama ao publicar um vídeo engraçado, uma foto inusitada ou ao inventar qualquer conceito que venha a cair nas graças dos internautas.


Reprodução

Foto do I Can Haz Cheeseburguer?, em que cenas de gatos são associadas a legendas nonsense; fotos viram vírus da cultura pop

"A fama na internet tem a ver com pessoas reais que estão fazendo coisas empolgantes por si mesmas, sem ajuda comercial. A internet possibilita que as pessoas sejam famosas por outras 15 pessoas", afirma Tim Hwang, um dos idealizadores do ROLFCon, em entrevista à Folha.

"Não é que a gente sempre quis ver Britney Spears por todos esses anos, é que a mídia não nos havia dado outras chances. E a internet nos dá."

Jay Maynard, o fantasiado "Tron Guy" (www.tronguy.net), é um desses exemplos. Outro é Randall Munroe, que faz o Xkcd.com, "webcomic sobre romance, sarcasmo, matemática e língua".

O Stuff White People Like, blog feito por Christian Lander, também atrai a curiosidade de quem gosta de ler críticas sarcásticas e divertidas sobre os hábitos de "gente branca".

Outro exemplo, um pouco diferente, é o "rickroll", que consiste em direcionar notícias quentes, como o lançamento de um novo game, para o mesmo link: o clipe de "Never Gonna Give You Up", feito em 1987 e cantado por Rick Astley.

Em vez de repercussão na mídia, capas de revista e assédio de papparazzi, as microcelebridades se tornam famosas por meios não-convencionais, afirma Hwang.

"Eles não têm suporte da grande mídia, tampouco uma infra-estrutura de relações públicas. Isso tende a ser bem diferente das celebridades tradicionais, que estão em um ambiente altamente controlado."

BRASIL/ Evento Histórico

Parlamentares portugueses vêm ao Brasil para festejos da chegada da família real

da Efe, em Lisboa
Folha Online

Uma delegação parlamentar de Portugal, liderada pelo presidente da Assembléia da República, Jaime Gama, viaja neste domingo ao Brasil para comparecer aos atos em comemoração dos 200 anos da chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro.

Junto com Gama, integram a delegação de Portugal outros cinco deputados, presidentes de várias comissões parlamentares, que participarão durante três dias das comemorações organizadas no Brasil pelo Congresso.

Gama se reunirá na terça-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e visitará no Rio a exposição "Um Novo Mundo, um Novo Império: a Corte Portuguesa no Brasil", no Museu Histórico Nacional.

A mostra foi produzida em meio às comemorações dos 200 anos da chegada da corte portuguesa ao Brasil, escapando da invasão francesa na Península Ibérica.

Os atos comemorativos da mudança da família real em Lisboa começaram este ano com vários eventos que contaram com a presença de autoridades militares e políticas brasileiras, entre elas o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que agora receberá a visita do parlamentar português.

Durante sua visita ao Brasil, Gama se reunirá com o presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Jorge Picciani (PMDB), o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), e o do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes.

A delegação de deputados portugueses participará também, em Brasília, do seminário "As Origens do Estado nacional, das Cortes Gerais ao Parlamento Brasileiro", que contará com a presença de historiadores e especialistas dos dois países.

Além de Gama, integram a representação portuguesa os presidentes da Comissão de Assuntos Constitucionais, Osvaldo de Castro; de Assuntos Estrangeiros, Henrique de Freitas; e da Defesa, Miranda Calha.

Completam a delegação o presidente e o vice-presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Brasil, José Lello e Correia de Jesus, respectivamente.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

BRASIL/ Questão Indígena

Indígenas decidem deixar fazenda em RR até decisão do STF sobre demarcação de terra

da Folha Online

O índio macuxi Dionito Souza, coordenador do CIR (Conselho Indígena de Roraima), afirmou nesta quarta-feira à Folha Online que os cerca de 100 índios que ocupam a fazenda Depósito, na reserva Raposa/Serra do Sol, decidiram deixar o local até que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgue as ações sobre a demarcação de terra da reserva.

Os índios, segundo o CIR, teriam decidido deixar a fazenda após reunião com representantes do Ministério da Justiça. A reserva Raposa/Serra do Sol é alvo de disputa entre índios e agricultores que cultivam arroz na região.

Ontem, o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, disse que vai dar prioridade ao julgamento das ações que se referem à reserva indígena Raposa/Serra do Sol. Segundo ele, o julgamento deve ocorrer, no máximo, até junho.

Cerca de 200 policiais e homens da Força Nacional de Segurança reforçam a segurança no local após o conflito ocorrido anteontem entre funcionários e índios dentro da fazenda Depósito.
Os indígenas foram atacados enquanto trabalhavam na construção de barracos. O confronto, segundo o CIR, deixou 12 indígenas feridos.

Ontem, a Polícia Federal prendeu o arrozeiro e prefeito de Pacaraima (RR), Paulo César Quartiero (DEM), seu filho, Renato Quartiero, e dez funcionários da fazenda, que pertence ao prefeito.

Apreensão de armas

Para evitar novos conflitos na região, a SGCT (Secretaria-Geral de Contencioso) da AGU (Advocacia Geral da União) protocolou ontem no STF um pedido de busca e apreensão de armas, munições e explosivos dentro da reserva.

O pedido foi encaminhado ao ministro Carlos Ayres Britto, relator da ação cautelar movida pelo Estado de Roraima contra a demarcação.

A AGU pediu a expedição de mandado de busca e apreensão e o apoio da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança Pública na operação com a possibilidade de entrar nas fazendas e residências de não-índios.

INTERNACIONAL/ Mianmar

Avião com ajuda humanitária para Mianmar demorará dias para chegar

da Efe, em Genebrada
Folha Online

O avião com 25 toneladas de suprimentos da ajuda humanitária da ONU para as vítimas do ciclone Nargis em Mianmar, cujo recebimento foi autorizado pelo governo local, ainda demorará vários dias para decolar da cidade italiana de Brindisi, tempo em que toda a sua logística será preparada.

A informação foi divulgada pela porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha, na sigla em inglês), Elizabeth Byrs, que desmentiu que a aeronave partirá nesta quarta-feira da base logística do organismo.

"É o procedimento normal. Tudo isto leva tempo. É preciso encontrar um bom avião, que se adeqüe à pista onde deverá aterrissar em Mianmar, a carga deve ser preparada e montada, é necessário fazer todos os trâmites", disse Byrs.

A porta-voz afirmou que o atraso não se deve a impedimentos impostos pelo governo militar birmanês, que deu sinal verde para a chegada da ajuda, após uma reunião realizada na terça-feira com representantes da Ocha em Nova York.

Byrs ressaltou que a autorização da Junta birmanesa inclui a viagem de uma pequena equipe da Ocha no avião para acompanhar a carga.

O carregamento, que sairá de um depósito da ONU em Brindisi, na Itália, incluirá tendas, tabletes de purificação de água, geradores, lençóis de plástico, jogos de cozinha e cobertores para os sobreviventes do ciclone que, além dos 22,5 mil mortos, deixou 41 mil desaparecidos e 1 milhão de desabrigados.

Ajuda internacional

Também nesta quarta-feira, a França defendeu que o Conselho de Segurança da ONU obrigue as autoridades de Mianmar a aceitarem ajuda internacional para as vítimas do ciclone.

O ministro de Exteriores da França, Bernard Kouchner, afirmou que seu país estuda se, em virtude da "responsabilidade de proteger", pode haver uma resolução das Nações Unidas que "imponha" ao Governo birmanês a chegada da ajuda.

O conceito de "responsabilidade de proteger", aceito pela ONU, permite socorrer a população civil caso as autoridades nacionais não façam isto, embora isto represente uma violação da soberania, declarou.

A responsabilidade de proteger é a tradução do dever de ingerência humanitária, declarou Kouchner, que foi um dos fundadores de ONGs como os Médicos Sem Fronteiras e os Médicos do Mundo.

O ministro de Exteriores disse algumas horas antes, após o Conselho de ministros, que "se existe uma catástrofe na catástrofe, são as autoridades birmanesas".

"O que fazemos é insistir várias vezes para ter acesso", declarou, e disse que há navios franceses, britânicos e indianos com helicópteros diante da foz do rio Irrawaddy, que poderiam chegar à região atingida em algumas horas para levar água, remédios e alimentos para as vítimas do ciclone, mas que a junta militar no poder em Yangun não deu permissão para uma ação.

Apesar de autorizar o vôo para a entrega de itens de emergência, a porta-voz do Ocha afirmou que cinco membros da ONU especializados em administração de desastres que estão na Tailândia ainda não receberam vistos que permitem a entrada em Mianmar.

Outras agências de ajuda humanitária também estão esperando vistos que permitam a entrada no país, que faz fronteira com a China, Índia, Bangladesh, Laos e Tailândia.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Brasil / Concurso BB


Justiça suspende o novo concurso do BB

Liminar está baseada no fato de que seleção feita anteriormente pode ser prorrogada por dois anos. Instituição estuda recurso

Edna Simão -
Correio Braziliense

Publicação: 03/05/2008 08:33 Atualização: 03/05/2008 08:34

Uma liminar da justiça suspendeu a realização de um novo concurso do Banco do Brasil (BB) para o cargo de escriturário. O processo seletivo estava marcado para 18 de maio. A decisão da 4ª Vara Cível de Brasília é do último dia 28 e baseou-se no fato de que o prazo de validade para convocar os aprovados em concurso anterior pode ser prorrogado por mais dois anos, retirando a necessidade da ocorrência de outra seleção.

Ontem à tarde, o BB foi comunicado da suspensão e terá 10 dias para se posicionar. O Ministério Público também terá o mesmo período para apresentar um relatório sobre o assunto ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Somente a partir daí, o juiz dará parecer definitivo. A assessoria de imprensa do banco informou que as diretorias jurídica e de gestão de pessoas estão estudando a decisão para saber qual medida tomar para derrubar a liminar. O mandado de segurança foi movido por Elisangela Gomes da Silva e outros candidatos aprovados, que se sentiram prejudicados pela divulgação de novo edital.

Em 2006, cerca de 80 mil pessoas se inscreveram para a prova. A idéia do BB era contratar 5 mil funcionários, porém, apenas 2.744 passaram no teste. Segundo os autores da ação, o resultado desse concurso foi homologado em 9 de junho de 2006 com o total de aprovados, sendo que apenas foram chamados para assumir o cargo apenas 1.073. No pedido inicial, os autores da ação utilizaram uma jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) que caracteriza a atitude da instituição financeira como desvio de poder pois fez uma nomeação parcial dos candidatos aprovados, indeferiu a prorrogação do prazo do concurso, sem justificativa socialmente aceitável, e publicou novo edital com idêntica finalidade.

A suspensão do processo seletivo foi acatada pelo juiz Robson Barbosa de Azevedo porque esse entendeu que há preterição de candidatos aprovados em certame ainda vigente quando se convoca um novo concurso mediante novo édito, sem esgotamento do anterior certame realizado. A multa por descumprimento da decisão será de R$ 10 mil por dia. A decisão foi uma vitória para os aprovados no concurso de 2006 que, antes de entrarem com ação na justiça, fizeram protestos contra o edital.

Chegaram até a criar uma comunidade no site de relacionamento Orkut e um grupo de discussão no CorreioWeb. O concurso para o cargo de escriturário do BB estava previsto para em várias cidades como São Paulo, Tocantins, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No caso do Distrito Federal, as inscrições terminaram no dia 8 de abril e o processo de escolha seria realizado em 18 de maio. A seleção é para cadastro de reserva e oferece remuneração de R$ 942,90 mais benefícios.

O Departamento de Coordenação de Controle das Estatais (Dest) autorizou, no mês passado, o BB a ampliar o quadro de funcionários de 88,5 mil para 91 mil. Serão 2,5 mil novos trabalhadores para atender ao plano de expansão, com a abertura de novas agências e postos de serviços em vários municípios.

Brasil / Marcha da Maconha

Liminar suspende Marcha da Maconha em BrasíliaPromotores temiam envolvimento de organizadores com o tráfico de drogas

Hércules Barros -
Correio Braziliense
e correiobraziliense.com.br -

Publicação: 02/05/2008 16:45 Atualização: 02/05/2008 17:46

A Marcha da Maconha em Brasília está suspensa. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) conseguiu nesta sexta-feira (02/05) decisão liminar junto ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) para suspender o evento que defenderia a legalização da maconha para consumo e pesquisas de fins terapêuticos.

O MPDFT teme que a mobilização seja patrocinada por traficantes de drogas. A juíza substituta do TJDF Rejane Zenir Teixeira Borin argumenta na decisão que, nesse caso, o direito dos cidadãos de reunirem-se acaba por confrontar a “liberdade pública de evitar a instigação, o auxílio e uso de drogas, além de outros possíveis delitos”.

Os promotores do MPDFT autores do pedido também se baseiam no fato de não ser possível identificar quem são os organizadores da Marcha, já que o endereço virtual do grupo é de domínio internacional. "Esta peculiaridade permite que os autores do site criminoso se escondam por trás da tecnologia avançada e impede que se saiba quem são e o que realmente querem", justifica o promotor de Justiça Fábio Barros de Matos.

A manifestação marcada para o próximo domingo, às 14h, com concentração em frente a Catedral, na Esplanada, estava prevista para ocorrer em 12 cidades do país, mas, até o momento, foi suspensa em Salvador (BA) e em João Pessoa (PB).

Em São Paulo, o Tribunal de Justiça (TJ) negou liminar pedida pelo Ministério Público e liberou a realização do ato, que deve ocorrer no Parque do Ibirapuera, na capital paulista.As Polícias Militar, Civil e Federal e o Detran já foram avisados sobre a decisão da Justiça e devem evitar as manifestações.

Brasil / CPI da Pedofilia

CPI encontra pedofilia em cem álbuns do Orkut

JOHANNA NUBLAT
da Folha de S.Paulo

A primeira análise da CPI da Pedofilia sobre os álbuns do Orkut suspeitos de conter material pedófilo mostrou que cerca de 100 entre 250 álbuns analisados continham realmente imagens de crianças em cenas de sexo ou com insinuações dessa natureza.

Ao total, a comissão vai vasculhar 3.261 álbuns cujos sigilos foram quebrados, obrigando a Google --mantenedora do Orkut-- a abrir os dados.

O resultado superou a expectativa inicial do grupo de trabalho, que calculava encontrar cerca de 200 álbuns com pedofilia. Agora já se fala em 400, segundo Thiago Tavares, diretor da ONG SaferNet.

Além do número elevado, a quantidade de fotos de crianças possivelmente brasileiras chamou a atenção, já que, no Brasil, a maior parte das fotos é de crianças estrangeiras.

"Há muitas fotos com indícios fortes de vítimas brasileiras. Essa foi uma surpresa", disse Tavares, que não soube informar o percentual de possíveis brasileiros nas imagens.

As fotografias já vistas mostram crianças de idades variadas --de bebês de colo a adolescentes-- em atos sexuais com adultos --homens e mulheres-- ou outras crianças. Também existem imagens em que as crianças estão sozinhas.

"Não dormi ontem [anteontem] depois do que eu vi. Ver um pai estuprando um bebê de colo... Nada me assusta mais", disse o senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI. A CPI espera terminar a primeira triagem na próxima semana.

Tecnologia/ internet

Artista do interior do Tocantins assume posto de Jeremias no YouTube

THIAGO FARIA
da Folha Online

Lembra do Jeremias ("Muito Louco") do YouTube? Então esqueça. Seu posto agora é ocupado por um artista de rua de Palmeirópolis, no interior do Tocantins. Maiconay é a nova revelação do site de vídeos do Google que se tornou celeiro de celebridades instantâneas.

Em seu "hit", ele aparece entoando canções de dance music. O vídeo ganhou diferentes versões e está fazendo com que sua figura ocupe a lacuna deixada por Jeremias, que hoje processa por danos morais nove empresas de comunicação, duas pessoas físicas e uma loja de camisetas.

Maiconay canta versões de músicas como "The Rhythm of The Night", do projeto Corona, e "Tough Girl", de Martine, incluindo em sua performance danças e efeitos sonoros feitos com a própria boca.

Maiconay ganhou fama no YouTube cantando versões "embromation" de hits
O artista (que no site também é chamado de Maicow nay, Maicow nite e outras variações) ganhou versões legendadas de seus vídeos, sobreposta a clipes e até "coreografia" feita pelos usuários do site.

Denise Ferreira, uma das "descobridoras" da nova celebridade de Palmeirópolis, conta que Maiconay já faz parte do folclore da cidade há algum tempo. "Canta há alguns anos no aniversário da cidade e tudo", diz. No YouTube também é possível encontrar vídeos com os shows.

"Ele chega carregando uma sacola de supermercado meio amassada e pergunta "quer comprar um CD que eu gravei"?", diz Ferreira, que mudou para a cidade há pouco tempo e resolveu contribuir para difundir o ícone do cenário pop palmeiropolense.

Em um outro vídeo, em que um usuário do site faz uma entrevista com o cantor, Maiconay afirma que apreendeu a cantar vendo TV e que já vendeu mais de 500 CDs.

O artista também ganhou fama em inúmeros blogs pela rede, que remetem aos vídeos postados no YouTube. O vídeo original, publicado em novembro do ano passado, foi visto mais de 160 mil vezes no site. O clipe ("Maicow Nite vs Corona"), por sua vez, já tem mais de 43 mil visualizações.

Tecnologia

Apple fecha acordo com estúdios para vender filmes pela internet

Folha Online
da Efe, em Nova York,

A fabricante de aparelhos eletrônicos Apple chegou a um acordo com os principais estúdios de Hollywood e alguns independentes para vender filmes por meio de sua loja on-line iTunes. As vendas serão feitas na mesma data em que as produções forem lançadas em DVD.

A Apple anunciou o acordo na quinta-feira (1º), que inclui os estúdios 20th Century Fox, Walt Disney Studios, Warner Bros, Paramount Pictures, Universal, Sony Pictures, Lionsgate, Imagine Entertainment e First Look Studios.

As estréias --que antes desse acordo ser assinado costumavam demorar cerca de um mês para estarem disponíveis pela internet-- custarão US$ 14,99 e a maioria dos filmes dos catálogos será oferecida a US$ 9,99, afirmou a companhia informática, em comunicado.

Segundo a Apple, esta semana já poderão ser comprados os filmes "American Ganster" e "The Diving Bell and the Butterfly", que também serão lançados em DVDs.

A loja iTunes da Apple oferece atualmente um catálogos de seis milhões de músicas, 600 programas de televisão e mais de 1.500 filmes, incluindo 200 filmes de vídeo de alta definição. Investidores esperam que o acordo ajude a aumentar as vendas do iPod e do Apple TV.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

BRASIL/ Patrimonio Cultural

Gil envia ao Iphan pedido para reconhecer
ayahuasca como patrimônio cultural

da Folha Online

O ministro da Cultura, Gilberto Gil, vai encaminhar ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) um pedido de reconhecimento do uso do chá ayahuasca em rituais religiosos como patrimônio imaterial da cultura brasileira.

A bebida é produzida a partir da fervura de duas plantas nativas da floresta amazônica --um cipó e folhas de um arbusto-- que têm efeito alucinógeno.

A solicitação foi entregue ao ministro nesta quarta-feira (30), em Rio Branco (AC), em documento assinado por representantes de três das principais doutrinas ayahuasqueiras --Alto Santo, União do Vegetal e Barquinha.

No encontro, Gil destacou que as religiões que utilizam o chá ayahuasca (também conhecido como vegetal ou hoasca) são traços importantes da cultura religiosa brasileira.

- Neste caso, específico, acrescenta-se o afeto em relação a outra dimensão importantísssima para a vida, que é a natureza", disse o ministro.

Gil disse que o Iphan, órgão do Ministério da Cultura, vai examinar "com todo zelo, carinho e responsabilidade" a solicitação.