terça-feira, 1 de abril de 2008

INTERNACIONAL / G8

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G8 diz que o nervosismo econômico
não afetará ajuda a
países pobres
Correio Web
Da France Presse

05/04/2008
Os países industrializados do G8 concordaram neste sábado em transmitir uma mensagem clara de apoio ao crescimento nos países pobres e se comprometeram em cumprir com suas próprias metas de ajuda ao desenvolvimento, apesar do nervosismo econômico internacional.
Ministros e altos dirigentes de programas de desenvolvimento do G8 iniciaram um encontro de dois dias na capital japonesa, durante o qual se encontrarão com seus pares do Brasil, México, China e Índia, para tratar de possíveis formas de ajuda ao desenvolvimento na África. Apoiar o desenvolvimento e a independência dos países pobres e, em particular, na África, foi o principal tema de análise do encontro neste sábado.
Os países do G8 - Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Rússia - têm previsto anunciar neste domingo as principais linhas de seu compromisso para reunir fundos para o desenvolvimento. Os países pobres começaram a se mobilizar ante o temor de que a morosidade econômica internacional provoque uma queda do nível de ajuda.
"Não podemos deixar que os problemas da economia internacional e de cada país nos façam desistir de nossos compromissos com o desenvolvimento", declarou o mexicano Angel Gurría, secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Esse encontro entre o G8 e os países emergentes estabelecerá as bases para a próxima cúpula dos Oito em Toyako (norte do Japão), em julho. Os especialistas insistirão na necessidade de investir mais na agricultura para tentar reduzir a escassez de alimentos.
No encontro deste fim de semana, os países do G8 também reclamarão mais transparência nas políticas de ajuda dos novos doadores. Das nações emergentes será exigido "atuar de forma mais responsável em relação à boa governabilidade, a manutenção da ajuda e a consideração da democratização. A organização humanitária Oxfam lamentou que os países ricos tenham quebrado suas promessas de aumentar a assistência aos países em desenvolvimento. "Há uma falta de direcionamento na concessão necessária de financiamento aos países pobres", declarou Jeremy Hobbs, da Oxfam Internacional, fazendo um apelo aos "Oito Grandes" para que reajam com urgência na cúpula de Toyako.

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